O mundo inteiro está reunido com o objetivo da descarbonização do planeta até o ano de 2050. Para dependermos cada vez menos dos combustíveis fósseis, como gás natural e petróleo, e alcançarmos essa meta, o hidrogênio de baixo carbono tem um papel essencial.

O que é o Hidrogênio de Baixo Carbono? 

Também chamado de combustível do futuro, o hidrogênio de baixo carbono é aquele obtido a partir de qualquer processo que não emita gás carbônico (CO₂) ou que possua captura e armazenamento desse gás, a depender do critério adotado para certificação.

Vantagens do Hidrogênio de Baixo Carbono

  • 100 % sustentável: o hidrogênio de baixo carbono não emite gases poluentes durante a combustão e o seu processo de produção, a depender da forma de obtenção. Deste modo, é uma fonte de energia de baixas emissões.
  • Versátil: pode ser utilizado em uma variedade de setores, incluindo transporte, indústria e geração de energia.

Contribuição com a descarbonização da economia 

Por não gerar emissão de gases poluentes e de efeito estufa e não ser tóxico, esta fonte de energia pode contribuir, fortemente, com a transição energética mundial e a descarbonização de diferentes setores da economia, como o metalúrgico, refiro de petróleo, combustíveis, entre outros.

Ao ser usado como combustível, por exemplo, o hidrogênio de baixo carbono proporciona uma alternativa de transportes mais limpa, podendo ser usado em carros de passeio, veículos pesados, ônibus e até mesmo na aviação.

A molécula também pode ser usada na produção de amônia, principal matéria-prima para obtenção dos fertilizantes nitrogenados, muito usado por grandes empresas do setor agrícola. Deste modo, seria produzido um produto mais limpo e com menor pegada de carbono.

Além disso, o hidrogênio pode ser usado na produção de metanol, presente em diversos produtos industriais, podendo apoiar na diminuição das emissões do setor de transportes, principalmente, marítimos. Já na produção do chamado ‘aço verde’, o hidrogênio de baixo carbono contribui para a eliminação das emissões de CO₂ na etapa de redução do minério de ferro.

Hidrogênio no Brasil

Com a matriz elétrica baseada em fontes renováveis, o Brasil tem condições de se tornar um dos protagonistas na produção de hidrogênio de baixo carbono para o mercado interno, como também para a exportação. Em agosto de 2024, o governo brasileiro aprovou o marco legal do hidrogênio de baixa emissão de carbono, regulamentando a sua produção, instituindo uma certificação voluntária e definindo incentivos tributários ao setor.

Com o propósito de contribuir com o desenvolvimento mercado brasileiro de hidrogênio de baixo carbono e com o setor elétrico, em 2022, a EDF Renewables e a Prumo assinaram um Memorando de Entendimentos (MoU, na sigla em inglês) para estudar o desenvolvimento e a infraestrutura de parques eólicos offshore na região Norte Fluminense; o acordo prevê o uso do Porto do Açu como hub logístico e de energia renovável, possibilitando, inclusive, a produção de hidrogênio de baixo carbono em um dos maiores complexos porto-indústria da América Latina.

No mesmo ano, a companhia assinou dois MoUs, sendo um com o Governo do Rio Grande do Norte e outro com o Governo do Ceará. O primeiro visa o desenvolvimento de projetos de geração de energia eólica offshore e estudos para a potencial produção de hidrogênio de baixo carbono no Rio Grande do Norte, e o segundo acordo planeja desenvolver e construir uma planta de produção de H2 e derivados no Completo Industrial do Porto do Pecém.

Além disso, a fim de fomentar a discussões sobre o tema de hidrogênio, a EDF Renewables faz parte da Câmara de Comércio Brasil-Alemanha (AHK) desde 2022, da Associação Brasileira do Hidrogênio (ABH2) em 2023, e da Associação Brasileira da Indústria do Hidrogênio Verde (ABIHV) em 2024.

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